sábado, 19 de maio de 2012

Criando personagens

 O trabalho do escritor inclui  dar vida, criar mundos imaginários  que possa dominar. Vamos falar hoje sobre a criação de personagens.  O alívio para o nossa realidade é a fantasia  de brincar de ser o criador cuidando da existência de alguém.  Quando o personagem surge, surgem o delírio, as revoltas, os desejos, as angústias que podem ser ditas porque colocamos na verdade ele para ser o nosso porta voz. O encantamento, assim como as frustrações ficam aprisionadas ali na literatura. É claro que a composição de personagem podem iniciar a história. De repente ele vai entra no cenário e domina toda a história.  Alguns tomam a direção. Tem vontade própria e por vezes é difícil censurá-lo. Gestos , modos, figurinos , caráter. Um personagem convida e revela outros. E a história está montada. Deixar o personagem atuar é dar liberdade à ficção. Em rumo à catarse, saímos livres daquele monte de vozes e idéias para dar lugar a outras. Depois do trabalho pronto até surge alguma emoção lúcida de algo que muitas vezes  desconhecemos, quase terapêutico. Por fim ficamos alegres, e o nosso trabalho, que muitos chamam de filho, está pronto para se apresentar ao mundo real. Não deixe nenhum personagem partir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário