O trabalho do escritor inclui dar vida, criar mundos imaginários que possa dominar. Vamos falar hoje sobre a criação de personagens. O alívio para o nossa realidade é a fantasia de brincar de ser o criador cuidando da existência de alguém. Quando o personagem surge, surgem o delírio, as revoltas, os desejos, as angústias que podem ser ditas porque colocamos na verdade ele para ser o nosso porta voz. O encantamento, assim como as frustrações ficam aprisionadas ali na literatura. É claro que a composição de personagem podem iniciar a história. De repente ele vai entra no cenário e domina toda a história. Alguns tomam a direção. Tem vontade própria e por vezes é difícil censurá-lo. Gestos , modos, figurinos , caráter. Um personagem convida e revela outros. E a história está montada. Deixar o personagem atuar é dar liberdade à ficção. Em rumo à catarse, saímos livres daquele monte de vozes e idéias para dar lugar a outras. Depois do trabalho pronto até surge alguma emoção lúcida de algo que muitas vezes desconhecemos, quase terapêutico. Por fim ficamos alegres, e o nosso trabalho, que muitos chamam de filho, está pronto para se apresentar ao mundo real. Não deixe nenhum personagem partir.
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