quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Diário Clínico da Dor


O corpo humano fala. Essa comunicação vem através de sinais. Sinais muitas vezes que ignoramos. A classificação da dor é muito abstrata. Mas a pior é a que faz o corpo padecer através dos sentimentos. Não há remédio para isso não. Sofremos porque não há imunidade. E o que fazer quando um ente querido jaz a espera da cura de um prognóstico não muito animador. A minha dor no momento é a de ver uma outra, que apesar de não ser minha,brilha posso sentir também. Quero chorar escondido. Meus olhos me sabotam com lágrimas involuntárias. Queria a cura para minha dor e para a do outro. Meu Deus que sofrimento é esse? Que planos tem para nós? Minha geração padece, nada posso fazer. Apenas olho para o tempo e testemunho as desgraças da vida que já chegaram. E ainda fraco nem imagino o que possa vir. Viver é torturante? Ainda cremos em um milagre. No meio de um temporal há um sol que brilha pra mim sorrindo. Pego carona nele  para ficar nas nuvens. Então repouso pensando um dia alcançar o céu, enquanto restar dentro de mim um pouco da esperança que  vai se despedindo. Fico esperando o pôr do sol angustiada porque sei que talvez, apesar da vaga esperança que me resta, possa ser o último. E essa lembrança nada mais será como um elixir para seguir adiante na estrada da vida.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fala Brasil

A voz do povo,  que fala nesta semana de protesto,  mostra uma insatisfação. Estamos cansados de todas as dificuldades do país. Senhores governantes, não aguentamos mais viver desta maneira. A saúde nunca foi de qualidade, pelo menos para os cariocas. A segurança deixa a desejar. E a educação então... Queremos compreensão, nosso grito e  nossos rostos nas ruas é um pedido de socorro. Há pessoas pacíficas nas ruas e outras revoltadas pelo sofrimento. Tudo isso é um efeito colateral de um sistema falido. Por que não podemos ter toda a assistência que precisamos?  Estamos vendo governantes mais preocupados com a aparência do país para atrair turistas e arrecadar  milhões. Não que o povo não saiba da importância do turismo no país, mas o que faremos com a verba arrecadada? Nós sofremos muito senhores governantes. Estamos desamparados e entregues as mazelas sociais. Se estamos nas ruas hoje, é porque essa é nossa maneira de pedir socorro. A dor é grande dentro de nós. É injusto botar a cara no mundo, lutar e fracassar. Somos crianças sem proteção. Somos  a voz que  vocês ignoram. Só queremos um pouco de dignidade para garantir nossa qualidade de vida. Queremos solução porque acreditamos na vitória da nossa pátria. Somos a alegria que quer se estabilizar. A dor que quer curar. A solução capaz de transformar a vida de cada cidadão, em paz.  Queremos prioridade para nossas necessidades básicas, para poder dizer as nossas futuras crianças que estamos satisfeitos  com a nossa nacionalidade. E que a nova geração entenda verdadeiramente que o nosso sofrimento hoje será passado. E o presente de amanhã não seja utópico e sim realidade.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Gramática Afiada

Uso da crase

A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.

A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.

No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê?

É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.

Fonte: Uol Educação

Conferência Literária na ABL

Atenção para a programação  da Academia Brasileira de Letras do mês de junho. A entrada é franca. Vale a pena participar!

4º Ciclo de Conferências: O bom humor na ABL (Horário: 17 30h)

Coordenador: Acadêmico Cícero Sandroni
04/6 - Acadêmico Cícero Sandroni: "Patronos e fundadores: o cômico e a paródia"
11/6 - Acadêmico Murilo Melo Filho: "ABL: uma casa bem-humorada"
18/6 - Cláudio Murilo Leal: "O humor cômico na ABL"
25/6 - Flávio Moreira da Costa: "O humor na ficção acadêmica"

SEMINÁRIO BRASIS, BRASIS20 de junho | O livro do mundo e o mundo dos livros
Coordenação: Acadêmico Domício Proença Filho
Palestrantes: Dolores Prades e Regina Zilberman

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sensações

Hoje descobri um labirinto dentro de mim. Nele caminho por emoções em busca de soluções. Hora escuro, hora iluminado. Sigo percorrendo intuitivamente caminhos estranhos, de encontro com tristezas e alegrias. Caminho sozinha, embora existam várias pessoas comigo. E isso acontece porque cada um tem sua trajetória dentro dele. De repente entro em pânico, já que não encontro saída. Mas outras vezes estou tão satisfeita que mesmo enxergando a saída, quero permanecer nele. Não tem lógica alguma. Então saio. Penso nele como aprendizado. Dentro de nossos pensamentos há entradas e saídas. Mergulhamos em sonhos e  coisas sem sentido. Nos sentimos fracos, impotentes com coisas banais que são capazes de nos encurralar. Cruzamos com outras pessoas que não podem nos ajudar porque estão preocupadas consigo mesmas em encontrar suas saídas. Outras, mesmo encontrando saídas, voltam para atrás e nos guiam para fora , mas depois se perdem. E isso vira um círculo vicioso de possibilidades atraídas no cotidiano. E dentro desse jogo, a vida segue complicada, bela, trágica e pacífica. E assim, vencerá quem mais cedo dominar as artimanhas do destino a que estamos entregue.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Diário Virtual A vida como ela é

Senti saudade do meu espaço virtual. Deixo aqui algumas marcas e alguns fardos. Andei aprendendo muito com as coisas da vida adulta. E continua o aprendizado porque  a faculdade vital é contínua. Evoluímos, mas todos os dias erramos. E erramos muito. Procuro expectativas alheias. Mas elas não me correspondem. E me decepciono. Não sei o porquê. Queria a felicidade universal. Paz para todos como se isso fosse possível. Fico em uma redoma sentimental, mas luto pelos interesses dos meus queridos próximos como qualquer pecador mortal. Mas ligo o noticiário e vemos a desgraça perto de mim, tão próxima que parece não me atingir por um triz. Já nem me interessam mais as notícias. Notícias de um mundo   em decomposição. E a vida oscila. Temos alegrias e decepções. Alguns dias tento me esconder do mundo e de seus mistérios. Às vezes até mesmo das pessoas. Do que talvez elas mesmas escondam. E como em um baile de máscaras cada um com a sua fantasia, para esquecer as desilusões da vida real. Juro que queria uma solução para essa dor que sinto pela coletividade. Mas para isso teria que me conformar com as atitudes que o destino tem se é que ele mesmo existe. E depois  poderia me apresentar à vida,  com as minhas dores e minhas fantasias ,se as pessoas não se chocassem muito com a minha história. E dizer para a minha angústia que ela pode ir embora porque tenho coisas importantes para fazer ainda. Com um pouco de disposição boto a cara na janela dou uma espiada para a rua e deixo a porta aberta para que eu possa sair  confiante e de cabeça erguida. E  volte feliz para continuar observando e enfrentando  os problemas crônicos que antes eu temia. E deixar cada um seguir o caminho que escolher mesmo que a minha estrada seja outra.