Preciso colorir partes da minha vida para descobrir onde está o arco-íris que brilhava no meu caminho. Dias sim dias não, vou sobrevivendo de maneira monocromática. Decisões estagnadas pela minha própria incerteza, não me ajudarão em nada a encontrar o colorido que tanto desejo. Preciso projetar todo o meu talento na obra de arte mais importante pra mim que é a minha vida. Quero retirar sombras e ter uma imagem mais nítida para enxergar com gratidão os tesouros que tenho. Preciso me convencer que sou bela e mereço ter uma vida maravilhosa e não devo nada pra ninguém. Deixar cair minha máscara de proteção que usava por achar que o mundo onde estou está completamente contaminado pela infelicidade. Permitir-me amar sem pensar em sofrimento, permitir viver sem pensar no erro. E sobretudo me permitir errar sim, para encontrar o meu próprio acerto. Saber que o meu pincel só irá colorir o meu destino com as cores que eu mesma escolher. Quero misturar cores, provar sabores que talvez nem sejam tão amargos assim,para encontrar o doce. Quero cuidar de mim acima de tudo para que eu possa descolorir meus medos e construir alegrias para o meu coração.
Cris Macena -
Entre o verso e o sentido. Eu, a literatura e as palavras.
quinta-feira, 27 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
O amor é livre
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
O teatro da vida
Ontem assisti uma peça muito interessante. Mais uma das milhares que já fiz plateia. Nesse teatro todo mundo representa em algum momento. É o teatro da vida real. Mascaramos algumas verdades para diminuir nossa infelicidade. Talvez a verdade cause dor aguda e encontramos nesse teatro uma terapia para fugir do sentimento que nos devora por dentro. Tanto amamos, tanto sofremos. Expectativas frustradas de um passado que não voltará. O fracasso nos faz muito mal. Mas o medo de fracassar é que nos torna prisioneiro desse jogo de máscaras. Tem mais ator do que texto para decorar. É a arte de improvisar verdades que não aconteceram para não pensar no problema autêntico. E pensar que a gente passa a vida mais idealizando sonhos do que realizando. Talvez gostamos mesmo da utopia do futuro para uma vida cheia de ilusões. Vamos procurar nosso papel e representar sim, mas um reality show digno para cada ator, para não viver só de sonhos na vida. Ou talvez a vida seja somente um sonho. Aceite o seu papel mas seja autêntico porque nesse teatro de improvisos a direção é Divina!
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
De olho na programação da ABL 2014
Academia Brasileira de Letras
CICLOS DE CONFERÊNCIAS
Teatro R. Magalhães Jr.
Horário: 17h30min
Teatro R. Magalhães Jr.
Horário: 17h30min
Coordenador: Acadêmico Ivan Junqueira
11/3 - Acadêmico Sergio Paulo Rouanet: "Caminhos e descaminhos da crítica psicanalítica sobre Machado de Assis"
18/3 - João Cezar de Castro Rocha: "A crítica literária e seus descontentes"
25/3 - Acadêmico Alfredo Bosi: "Leitura de Infância de Graciliano Ramos"
Amores que ferem
Tem um baú dentro da minha cabeça. Nela tem segredos. Nela tem emoções. Quando abro e vejo alguns reabro algumas feridas, revejo cicatrizes. E doem. Tanto as cicatrizes, tanto as feridas. Decepções só podem vir de sentimentos fortes como o amor. Digo do amor em sua plenitude, não apenas o tradicional. Quando amamos esquecemos de separar nossos sentimentos e verdades com as das pessoas que gostamos. Tudo se dilui, tudo se torna único. E vai transbordando nossas vidas, queremos uma redoma só com a gente. Mas nem tudo que nos agrada, agradará o outro. Descobrimos coisas que odiamos no que os queridos gostam e vice-versa. E vai começando a ruir sentimentos. Esperamos demais dos amores. Ficamos perto demais para esquecer que todo mundo briga e que vida não é um comercial de margarina. Mas o que tem de pior é não poder compartilhar parte do baú. Talvez por ter muita coisa que a censura desaprova.
Palavras Nuas
Passando a tarde com as palavras nuas, soltas cheias de rancor dentro de mim. Me perguntas porque estão assim? Estão presas querendo liberdade. A liberdade que não dei no momento. Umas porque não podem, outras porque não quero. Difícil é mantê-las aprisionadas diante do julgamento interno das minhas emoções. Algumas fogem contra minha vontade espalhando a minha verdade. Outras tem liberdade condicionada e saem para retratar aquilo que previamente é solicitado pela minha consciência. Estando sempre aflita perante emoções fortes, sei que uma hora não aguentarei pois vou libertá-las para me sentir livre também. Porque olha que felicidade poder expressar o que pensamos! Podemos pagar até um preço alto pra se sentir liberto!!!!
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Diário Clínico da Dor
O corpo humano fala. Essa comunicação vem através de sinais. Sinais muitas vezes que ignoramos. A classificação da dor é muito abstrata. Mas a pior é a que faz o corpo padecer através dos sentimentos. Não há remédio para isso não. Sofremos porque não há imunidade. E o que fazer quando um ente querido jaz a espera da cura de um prognóstico não muito animador. A minha dor no momento é a de ver uma outra, que apesar de não ser minha,brilha posso sentir também. Quero chorar escondido. Meus olhos me sabotam com lágrimas involuntárias. Queria a cura para minha dor e para a do outro. Meu Deus que sofrimento é esse? Que planos tem para nós? Minha geração padece, nada posso fazer. Apenas olho para o tempo e testemunho as desgraças da vida que já chegaram. E ainda fraco nem imagino o que possa vir. Viver é torturante? Ainda cremos em um milagre. No meio de um temporal há um sol que brilha pra mim sorrindo. Pego carona nele para ficar nas nuvens. Então repouso pensando um dia alcançar o céu, enquanto restar dentro de mim um pouco da esperança que vai se despedindo. Fico esperando o pôr do sol angustiada porque sei que talvez, apesar da vaga esperança que me resta, possa ser o último. E essa lembrança nada mais será como um elixir para seguir adiante na estrada da vida.
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