quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O teatro da vida

Ontem assisti uma peça muito interessante. Mais uma das milhares que já fiz plateia. Nesse teatro todo mundo representa em algum momento. É o teatro da vida real. Mascaramos algumas verdades para  diminuir nossa infelicidade. Talvez a verdade cause dor aguda e encontramos nesse teatro uma terapia para fugir do sentimento que nos devora por dentro. Tanto amamos, tanto sofremos. Expectativas frustradas de um passado que não voltará. O fracasso nos faz muito mal. Mas o medo de fracassar é que nos torna prisioneiro desse jogo de máscaras. Tem mais ator do que texto para decorar. É a arte de improvisar verdades que não aconteceram para não pensar no problema autêntico. E pensar que a gente passa a vida mais idealizando sonhos do que realizando. Talvez gostamos mesmo da utopia do futuro para uma vida cheia de ilusões. Vamos procurar nosso papel e representar sim, mas um reality show digno para cada ator, para não viver só de sonhos na vida. Ou talvez a vida seja somente um sonho. Aceite o seu papel mas seja autêntico porque nesse teatro de improvisos a direção é Divina!





]

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

De olho na programação da ABL 2014


CICLOS DE CONFERÊNCIAS
Teatro R. Magalhães Jr.
Horário: 17h30min

1º Ciclo de Conferências: Caminhos da crítica
Coordenador: Acadêmico Ivan Junqueira
11/3 - Acadêmico Sergio Paulo Rouanet: "Caminhos e descaminhos da crítica psicanalítica sobre Machado de Assis"
18/3 - João Cezar de Castro Rocha: "A crítica literária e seus descontentes"
25/3 - Acadêmico Alfredo Bosi: "Leitura de Infância de Graciliano Ramos"

Amores que ferem

Tem um baú dentro da minha cabeça. Nela tem segredos. Nela tem emoções. Quando abro e vejo alguns reabro algumas feridas, revejo cicatrizes. E doem. Tanto as cicatrizes, tanto as feridas. Decepções só podem vir de sentimentos fortes como o amor. Digo do amor em sua plenitude, não apenas o tradicional.  Quando amamos esquecemos de separar nossos sentimentos e verdades com as das pessoas que gostamos. Tudo se dilui, tudo se torna único. E vai transbordando nossas vidas, queremos uma redoma só com a gente. Mas nem tudo que nos agrada, agradará o outro. Descobrimos coisas que odiamos no que os queridos gostam e vice-versa. E vai começando a ruir sentimentos. Esperamos demais dos amores. Ficamos perto demais para esquecer que todo mundo briga e que vida não é um comercial de margarina. Mas o que tem de pior é não poder compartilhar parte do baú. Talvez por ter muita coisa que a censura desaprova.

Palavras Nuas

Passando a tarde com as palavras nuas, soltas cheias de rancor dentro de mim. Me perguntas porque estão assim? Estão presas querendo liberdade. A liberdade que não dei no momento. Umas porque não podem, outras porque não quero. Difícil é mantê-las aprisionadas diante do julgamento interno das minhas emoções. Algumas fogem contra minha vontade espalhando a minha verdade. Outras tem liberdade condicionada e saem para retratar aquilo que previamente é solicitado pela minha consciência. Estando sempre aflita perante emoções fortes, sei que uma hora não aguentarei pois vou libertá-las para me sentir livre também. Porque olha que felicidade poder expressar o que pensamos! Podemos pagar até um preço alto pra se sentir liberto!!!!